ABSTRACT
Introdução: Complicações diabéticas são condições preveníveis em sua maioria, sendo o pé diabético uma das mais comuns. O manejo adequado do pé diabético mitiga eventos incapacitantes e maiores gastos ao sistema de saúde. As intervenções efetivas na Atenção Primária à Saúde (APS) possibilitam prevenir as complicações diabéticas. Objetivo: Analisar a tendência das complicações do pé diabético e sua relação com a cobertura da APS nas capitais brasileiras, entre 2008 e 2018. Métodos: Estudo ecológico de séries temporais das incidências acumuladas de complicações do pé diabético nas 27 capitais utilizando dados do Sistema de Informação sobre Hipertensos e Diabéticos. As variáveis independentes foram ano, cobertura da APS e da Estratégia Saúde da Família. Empregou-se modelo de regressão de Prais-Winsten. Resultados: No Brasil, ocorreram 45.095 casos de complicações do pé diabético no período, com média de 0,57 casos/100.000 habitantes (p<0,001) estável em 14 capitais (p>0,05) e crescente em 13 capitais (p<0,05). Há associação entre elevação do nível de cobertura da APS e estabilidade na evolução das complicações diabéticas (p<0,05). Conclusões: Evidencia-se aumento da ocorrência das complicações do pé diabético, contudo, nas capitais com crescimento da cobertura da APS, houve controle da progressão.
Introduction: Diabetic complications are mostly preventable conditions, the diabetic foot being one of the most common. Proper management of the diabetic foot mitigates disabling events and higher costs to the health system. Effective interventions in Primary Health Care (PHC) make it possible to prevent diabetic complications. The care scenario for preventing diabetic complications is Primary Health Care (PHC). Objective: To analyze the temporal trend of diabetic foot complications and their relationship with PHC coverage in Brazilian capitals, between 2008 and 2018, and the relationship between them. Methods: An ecological time-series study of the cumulative incidences of diabetic foot complications in the 27 capitals using data from the Information System on Hypertensive and Diabetic Patients. The independent variables were year, PHC coverage and the family health strategy (ESF). A Prais-Winsten regression model was used. Results: In Brazil, there were 45,095 cases of diabetic foot complications in the period, with an average of 0.57 cases/100,000 inhabitants (p<0.001), being stable in 14 capitals (p>0.05) and 13 increasing capitals (p<0.05). There is an interaction between the increase in the level of PHC coverage and stability in the evolution of diabetic complications (p<0.05). Conclusions: Despite the increase in the occurrence of diabetic foot complications, however, in the capitals with growth in PHC coverage, there was control of the progression of diabetic foot complications.
Introducción: Las complicaciones diabéticas son en su mayoría condiciones prevenibles, siendo el pie diabético una de las más comunes. El manejo adecuado del pie diabético mitiga eventos incapacitantes y mayores costos al sistema de salud. Intervenciones efectivas en la Atención Primaria de Salud (APS) permiten prevenir las complicaciones diabéticas El escenario asistencial para la prevención de las complicaciones diabéticas es la Atención Primaria de Salud (APS). Objetivo: Analizar la tendencia temporal de las complicaciones del pie diabético y su relación con la cobertura de la APS en las capitales brasileñas, entre 2008 y 2018, y la relación entre ellas. Métodos: Estudio ecológico de serie temporal de las incidencias acumuladas de complicaciones del pie diabético en las 27 capitales utilizando datos del Sistema de Información de Pacientes Hipertensos y Diabéticos. Las variables independientes fueron el año, la cobertura de la APS y la estrategia de salud de la familia (ESF). Se utilizó un modelo de regresión de Prais-Winsten. Resultados: En Brasil, hubo 45.095 casos de complicaciones del pie diabético en el período, con una media de 0,57 casos/100.000 habitantes (p<0,001), manteniéndose estable en 14 capitales (p>0,05) y 13 capitales crecientes (p<0.05). Existe una interacción entre un aumento en el nivel de cobertura de la APS y la estabilidad en la evolución de las complicaciones diabéticas (p<0,05). Conclusiones: A pesar del aumento en la ocurrencia de complicaciones del pie diabético, sin embargo, en las capitales con crecimiento en la cobertura de la APS, hubo control de la progresión de las complicaciones del pie diabético.